quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Primeiro beijo militar gay choca o mundo

Diretor de Petty 2 ª Classe Marissa Gaeta de Placerville, Califórnia, desceu do monte do carvalho USS navio de desembarque anfíbio, e dividimos um beijo rápido na chuva com seu companheiro, o suboficial 3 Classe Citlalic Snell de Los Angeles.

Gaeta, 23, usava seu uniforme de gala da Marinha, enquanto Snell, 22, usava uma jaqueta de couro preta, jeans lenço e azul. A multidão gritou e acenou bandeiras em torno deles.

algo novo, isso é certo", Gaeta disse a repórteres após o beijo. "É bom ser capaz de ser eu mesmo. Tem sido um longo tempo."

Para o significado histórico do beijo, havia pouco a diferenciá-lo de inúmeras outras, quando um navio da Marinha puxa para seu porto de origem após uma implantação. Nem a Marinha dos EUA, nem o casal tentou chamar a atenção para o que estava acontecendo e muitos espectadores à espera de seus entes queridos voltem para fora do navio estavam ocupados conversando entre si

terça-feira, 24 de maio de 2011

União civil entre pessoas do mesmo sexo

Recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) oficializou a união civil homoafetiva concedendo assim aos casais do mesmo sexo todos os direitos garantidos pela Constituição Federal. Homossexuais ou não, as pessoas do mesmo sexo que vivem juntas passam agora a ter direito a divisão dos bens adquiridos durante o relacionamento, inclusive, pensão por morte, participação em herança e divisão de bens. O reconhecimento da união civil é por si só polêmica e esbarra nos conceitos religiosos. Muitos católicos e evangélicos concordam com a oficialização da união civil desde que a decisão oficial não seja interpretada como aprovação do casamento gay. A VOZ DA SERRA foi às ruas nos últimos dias saber como os friburguenses reagiram à decisão. Confira algumas opiniões: 

“O importante é as pessoas, independentemente da condição social ou opção sexual, terem os seus direitos respeitados. Temos que viver em igualdade de condições e direitos, quebrando preconceitos e valorizando as diferenças. Se as pessoas vivem junto, por que não terem essa união reconhecida também civilmente e terem os direitos que todos tem... Foi válida a oficialização dessa união.”
Dalmo Latini, 37 anos, artista circense e produtor cultural, bairro Ypu

“Já que a união entre pessoas do mesmo sexo já existe, então é melhor oficializar. Não sei se essa regulamentação do governo irá incentivar que casais do mesmo sexo se unam para poder ter os direitos civis. Muitos já vivem juntos e acabam no final das contas sendo rejeitados.”
Marize Alves Sevilha, servidora pública municipal, Centro

“Quem sou eu para julgar. Cada um deve ter o seu livre arbítrio. Sou favorável a união civil entre casais do mesmo sexo quanto ao aspecto patrimonial dessa relação, assegurando assim o direito aos bens que forem adquiridos por ambos.” 
Clenir Neves Ribeiro, servidora pública, Centro

“Os homossexuais que vivem juntos tem todo o direito de serem infelizes assim como os heterossexuais o são quando uma relação, às vezes, até de muito tempo, acaba e aí acontece a divisão dos bens, geralmente com algum estresse. Como essa relação entre pessoas do mesmo sexo até então não era reconhecida não havia tanta pressão. Com a união civil reconhecida, os casais do mesmo sexo poderão experimentar as duas faces de um relacionamento. Se acabou a relação, por que não dividir os bens adquiridos juntos?”
Lúcio Amorim, 27 anos, 
publicitário, Centro


“Concordo completamente com o reconhecimento oficial desse tipo de relacionamento. Todo mundo tem o seu livre arbítrio e isso deve ser respeitado por todos, inclusive pelas fontes oficiais. Isso é bom para a convivência humana. A relação entre pessoas do mesmo sexo já existe. Por que não reconhecê-la e seus integrantes serem beneficiados com os direitos de todos: pensão por morte, divisão de bens, etc.”
Alessandro de Castro, 32 anos,
radialista e DJ, Braunes


“Achei essa decisão totalmente válida. Todos têm que ter direitos iguais. Por que as pessoas do mesmo sexo, que vivem maritalmente ou não, têm que ser tratadas de forma diferente quanto aos seus direitos? Todos são iguais perante a lei.”
Felipe Souza, enfermeiro, Centro

“Quanto a união de pessoas do mesmo sexo vista pelo aspecto constitucional civil não vejo problema algum. O que não concordo é a mistura dessa união civil com casamento, uma relação matrimonial. Aí já acredito se tratar de um excesso. A união civil entre pessoas do mesmo sexo vista como parceria é válida. É um contrato como qualquer outro.”
Carlos Alberto Braga, advogado, Centro 

“Para mim essa decisão do governo foi acertada. Veio para reconhecer legalmente os direitos que todos aqueles que vivem junto com alguém tem em caso de morte de um deles ou separação. Por que quem mora e se dedica a alguém não pode herdar nada ou dividir com ele legalmente os bens adquiridos?”
Vanessa Moraes, lojista, Centro 

“A união entre dois homens ou duas mulheres não é coisa de Deus. Os deputados e senadores deveriam se preocupar mais em fazer alguma coisa para melhorar a saúde pública. É uma vergonha termos que enfrentar filas de madrugada para conseguir ir ao médico no SUS (Sistema Único de Saúde). Com essa aprovação o governo vai incentivar ainda mais a pouca vergonha. Só falta agora autorizar o casamento entre gays com direito a vestido de noiva. É uma pouca vergonha.”
Angelita Mendonça Pires de Alencar, 43 anos, dona de casa, Alto de Olaria

“A união entre duas pessoas tinha que ser oficializada mesmo. Quem vive junto tem que ter os mesmos direitos que qualquer outro casal tem. Às vezes, duas pessoas do mesmo sexo convivem junto, adquirem bens e com a morte de cada um, o parceiro geralmente sai sem nada. Agora com essa oficialização, tudo vai mudar.” 
Márcio Vieira, músico, Centro

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bolsonaro arrebenta a Constituição a cada frase, diz movimento gay


O autor de frases supostamente racistas e homofóbicas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou a ser alvo de polêmica nesta quarta-feira ao dizer que está "se danando" , "se lixando" para o movimento gay. Segundo Tony Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o deputado "rasga a Constituição a cada declaração".
"É muito triste a gente perceber que temos parlamentares com esse nível de discussão. Ele rasga a Constituição Federal a cada declaração", afirmou Reis, que citou trechos da Carta Magna que teriam sido violados por Bolsonaro. "Ele tem que ler - e se ele for analfabeto, a gente pode fazer uma leitura pra ele - o artigo 3º e o artigo 5º da Constituição, que dizem: 'todos são iguais perante a lei e não haverá discriminação de qualquer natureza'", disse.
Reis lamentou o histórico de frases polêmicas de Bolsonaro nos últimos anos. "Ele se lixa pela questão dos direitos humanos, ele se lixa pela democracia, pelos principais valores republicanos. Ele já teve declarações em que mandou o (ex-presidente) Fernando Henrique (Cardoso) para o paredão, já chamou nosso (ex-)presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) de bêbado, já chamou a nossa presidenta (Dilma Rousseff) de ladra, terrorista... então é uma pessoa que realmente está caindo no ridículo", afirmou.
Para Reis, Bolsonaro faz uso das polêmicas para ganhar projeção nacional. "Se ele quiser aparecer, que ele amarre uma melancia no pescoço e não fique fazendo esse tipo de sensacionalismo", reclamou.
O presidente da ABGLT se mostrou confiante na punição a Bolsonaro, já que as supostas declarações racistas teriam aumentado o repúdio contra o parlamentar. "Quando ele atacou só os gays, era uma coisa, mas agora ele está mexendo com muita gente. Então, estamos muito tranquilos de que esse senhor vai ser punido", declarou.
"Nós vamos acionar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Procuradoria Geral da República (PGR), porque nós queremos uma investigação criminal", concluiu. Eleito nesta quarta-feira, o Conselho Nacional da ABGLT divulgou hoje uma nota de repúdio às declarações de Bolsonaro.
Confira nota na íntegra divulgada pelo Conselho Nacional da ABGLT 

O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), repudia com veemência as declarações racistas, sexistas e homofóbicas feitas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ), em entrevista exibida no programa Custe o Que Custar (CQC), em 28 de março de 2011, quando foi questionado por várias pessoas, uma delas a cantora Preta Gil, sobre como reagiria se seu filho namorasse uma mulher negra.
A resposta de Bolsonaro foi: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu". Após ser acusado de racista, o parlamentar lançou nota afirmando que "A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay (¿). Reitero que não sou apologista do homossexualismo (sic), por entender que tal prática não seja motivo de orgulho". Em outro momento, na mesma entrevista, o deputado também disse que jamais poderia ter um filho gay.
Aproveitando-se da falta de instrumento legal que criminaliza atos homofóbicos, Bolsonaro tem se notabilizado como destilador contumaz de ódio e intolerância contra a população LGBT. Agora, o referido deputado tenta esquivar-se da acusação de racismo ¿ crime tipificado na legislação brasileira -, agredindo e injuriando novamente a população LGBT.
Com tais posições e declarações, Bolsonaro reforça a sua faceta homofóbica, racista e sexista, agindo, de forma deliberada, com posturas incompatíveis com o decoro e a ética exigida de um representante da sociedade brasileira no Congresso Nacional, especialmente considerando os princípios da democracia e do respeito à diversidade do povo brasileiro.
O CNCD/LGBT endossa todas as representações apresentadas por parlamentares junto a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal e requer ao Procurador Geral da República a instauração de investigação criminal para apuração do crime de racismo (Art. 20 da Lei 7.716/89) e injúria e difamação (Art. 139 e 140 do código) contra a população de mulheres e LGBT.
Polêmica
Durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, veiculado na última segunda-feira, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Jair Bolsonaro respondeu: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu". No entanto, o deputado afirmou em nota divulgada na terça-feira que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexualhttp://namoro-gay.blogspot.com

Último sobrevivente gay do Holocausto recebe condecoração

Rudolf Brazda, 97, que é considerado o último sobrevivente dos cerca de 10 mil homossexuais detidos em campos de concentração nazistas durante a 2ª Guerra Mundial, recebeu nesta quinta-feira a mais alta condecoração da França, a Ordem Nacional da Legião da Honra.

De acordo com o conceituado jornal francês "20Minutes", o presidente Nicolas Sarkozy recomendou Brazda, nascido na Alemanha em 1913 e naturalizado francês em 1960, para a honraria federal.

Ele passou três anos detido no campo de concentração de Büchenwald, na Alemanha, sob o registro de número 7592, categorizado como um "triângulo rosa", código dado pelos nazistas aos homossexuais.

Seu biógrafo, Jean-Luc-Schwab, autor de "Triângulo Rosa - Um Homossexual no Campo de Concentração Nazista" (Mescla Editorial, tradução de Ângela Cristina Salgueiro Marques, 184 páginas, R$ 48,90), disse que por muitos anos Brazda achou que "ninguém se interessaria" por sua história.

Lançado recentemente no Brasil, o livro reconta o cotidiano de Brazda em Büchenwald.

"Hoje, Rudolf é um nonagenário alerta, cuja vitalidade e alegria de viver nunca deixam de surpreender. Mas foi somente em 2008 que ele se manifestou e testemunhou publicamente a respeito de sua deportação por ser homossexual, e ele talvez seja o último sobrevivente desse processo", diz Schwab.