quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Gays protestam contra rua com nome de jornalista homofóbico

O batismo de uma rua da periferia de Salvador com o nome de um falecido jornalista conhecido por seus ataques aos homossexuais provocou protestos de grupos gays de Salvador. O homenageado é o jornalista e médico baiano José Augusto Berbert de Castro, crítico de cinema do jornal "A Tarde". Berbert tornou-se notório na cidade por atitudes como usar um boné com a frase "Berbert: Exterminador de Veados", e defender o homicídio de gays.

Uma lei proposta pelo vereador Pedro Godinho (PMDB) deu o nome de Berbert a uma via no bairro de Mussurunga, na peri-feria. A iniciativa provocou protestos do presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, e, em seguida, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que enviou um ofício à prefeitura de Salvador solicitan-do que o prefeito João Henrique (PMDB) revogue a homenagem.

Os militantes gays deram um prazo para que a prefeitura cancele a inauguração da placa até o dia 12 de setembro, quando está prevista a Parada Gay de Salvador. Do contrário, ameaçam pichar uma suástica nazista sobre o nome de Berbert nas placas da rua.

Frases como "mantenha a cidade limpa, mate uma bicha todo dia" e "matar veados não é homicídio, é caçada" faziam parte da linguagem do jornalista. A prefeitura de Salvador ainda não se manifestou se cancelará a homenagem, mas o vereador Godinho avisou que quer mantê-la.

Juiz Federal derruba proibição de casamento gay na Califórnia

Um juiz federal derrubou nesta quarta-feira a proibição de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Estado americano da Califórnia, em uma decisão que foi considerada uma vitória por grupos de defesa dos direitos dos homossexuais.A proibição, conhecida como Proposição 8, havia sido aprovada em um referendo no Estado em 2008, após uma grande campanha liderada por grupos religiosos conservadores.A Proposição 8 modificou a Constituição da Califórnia ao estabelecer que "somente o casamento entre um homem e uma mulher é válido ou reconhecido na Califórnia".O juiz Vaughn Walker, de São Francisco, considerou a proibição inconstitucional, por discriminar parceiros do mesmo sexo que desejam se casar."Evidências mostram que a Proposição 8 não faz nada além de consagrar na Constituição da Califórnia a noção de que casais de sexos opostos são superiores a casais do mesmo sexo", escreveu Walker."Porque a Califórnia não tem qualquer interesse em discriminar gays e lésbicas, e porque a Proposição 8 impede a Califórnia de cumprir sua obrigação constitucional de oferecer casamentos de maneira igual, o tribunal conclui que a Proposição 8 é inconstitucional", diz a decisão do juiz.Suprema CorteA decisão foi considerada uma vitória para os grupos de defesa dos direitos de gays e lésbicas, que lutavam contra a medida ao afirmar que ela violava seus direitos de proteção igual sob a Constituição dos Estados Unidos, já que impedia seu direito de escolher com quem casar.No entanto, os apoiadores da proibição já anunciaram que irão apelar da decisão, e o caso deve chegar à Suprema Corte.Logo após o anúncio, o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, saudou a decisão do juiz."Para as centenas de milhares de californianos em lares formados por gays e lésbicas que estão administrando suas vidas cotidianas, esta decisão afirma e completa as mesmas garantias e proteção legal que eu acredito que todos merecem", disse o governador, em um comunicado."Ao mesmo tempo, oferece a oportunidade para todos os californianos considerarem nossa história de liderança no caminho rumo ao futuro e nossa crescente reputação de tratar todas as pessoas e seus relacionamentos com igual respeito e dignidade."A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, também divulgou um comunicado em que se disse "extremamente animada" com a decisão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Gay viúvo terá novo namorado, diz autora de Ti-ti-ti

Mesmo ficando juntos apenas três capítulos, o casal gay de Ti-ti-ti, Osmar (Gustavo Leão) e Julinho (André Arteche), conquistou o público. O sucesso dos dois emocionou a autora da novela, Maria Adelaide Amaral, que confessou que não esperava que a aceitação fosse tão grande.

Enquete realizada com os leitores doR7 aponta que mais de 80% gostariam de ver os dois juntos mais tempo na novela, como forma de combater o preconceito contra os homossexuais. Contudo, Osmar morreu num acidente, nesta quinta (22), deixando Julinho inconsolável.

Em entrevista exclusiva, Maria Adelaide comemora o feito dos personagens, elogia seus intérpretes, explica por que Osmar teve de morrer e revela que pretende arrumar um novo namorado para Julinho no decorrer do folhetim. Leia a entrevista.

R7 – Você esperava que o casal Julinho e Osmar fizesse tanto sucesso?
Maria Adelaide Amaral –
Não mesmo!

R7 - Como você avalia a forma como mostrou o casal gay em sua novela?
Maria Adelaide –
Acho que a forma não poderia ser mais digna.

R7 – O que você achou do desempenho dos atores André Arteche e Gustavo Leão?
Maria Adelaide –
A atuação foi sensacional, porque tanto o Gustavo quanto o André são heterossexuais.

R7 – Em enquete realizada com os internautas do portal, os leitores do R7 afirmaram que gostariam de ver o casal gay mais tempo no ar. O Osmar tinha mesmo de morrer tão no comecinho da novela?
Maria Adelaide –
Estava previsto na sinopse. E, sem a morte do Osmar, não seria possível a história da Marcela [Ísis Valverde] se desenvolver.

R7 – O Julinho terá chance de conquistar outro amor?
Maria Adelaide –
Vai ser difícil achar outro companheiro como Osmar, mas isso, cedo ou tarde, vai acontecer.